Israel descarta cooperar com ONU em inquérito sobre Gaza
JERUSALÉM (Reuters) - Israel não planeja cooperar com uma agência de investigação da ONU em um inquérito sobre supostos crimes de guerra cometidos por tropas israelenses e militantes do Hamas durante um conflito em Gaza, disse uma autoridade do governo israelense nesta quarta-feira.
Forças de Israel iniciaram uma ofensiva de 22 dias na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, no final de dezembro do ano passado, com o objetivo de interromper o lançamento de foguetes por militantes palestinos contra alvos israelenses.
De acordo com grupos de direitos humanos palestinos, 1.417 palestinos, inclusive 926 civis, morreram durante o conflito. Israel contesta estes números.
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou este mês o ex-procurador de crimes de guerra da ONU Richard Goldstone para chefiar a investigação sobre alegações de violações dos direitos humanos por ambos os lados durante o conflito, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro.
A autoridade do governo israelense disse que uma carta foi enviada a Goldstone, através da embaixada de Israel em Genebra, informando a ele e ao conselho que Israel acreditava ser "impossível cooperar com o comitê" nesta investigação.
A autoridade, sob condição de anonimato, disse que uma resolução adotada pelo Conselho de Direitos Humanos no dia 12 de janeiro condenando a ofensiva militar de Israel e pedindo um cessar-fogo não foi apoiada pela maioria dos países democráticos.
O Hamas não demonstrou oposição à investigação de Goldstone, mas ainda não manifestou se irá cooperar ou não. O grupo Human Rights Watch exigiu nesta quarta-feira que os Estados Unidos e a União Europeia pressionem Israel e o Hamas para colaborarem com a investigação.
A equipe de Goldstone, formada por quatro pessoas, deve viajar para a região em algumas semanas e apresentará um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em julho, disse o investigador este mês.
Grupos de direitos humanos criticaram a conduta de Israel durante a ofensiva em Gaza e pedem uma investigação sobre possíveis crimes de guerra.
Além de analisar a conduta de Israel, Goldstone, um juiz sul-africano, disse que sua investigação avaliaria possíveis violações dos direitos humanos cometidas por palestinos. Militantes lançaram centenas de foguetes contra o sul de Israel durante o conflito
(Por Joseph Nasr)
LINK: http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE53E0K120090415?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0
JERUSALÉM (Reuters) - Israel não planeja cooperar com uma agência de investigação da ONU em um inquérito sobre supostos crimes de guerra cometidos por tropas israelenses e militantes do Hamas durante um conflito em Gaza, disse uma autoridade do governo israelense nesta quarta-feira.
Forças de Israel iniciaram uma ofensiva de 22 dias na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, no final de dezembro do ano passado, com o objetivo de interromper o lançamento de foguetes por militantes palestinos contra alvos israelenses.
De acordo com grupos de direitos humanos palestinos, 1.417 palestinos, inclusive 926 civis, morreram durante o conflito. Israel contesta estes números.
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou este mês o ex-procurador de crimes de guerra da ONU Richard Goldstone para chefiar a investigação sobre alegações de violações dos direitos humanos por ambos os lados durante o conflito, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro.
A autoridade do governo israelense disse que uma carta foi enviada a Goldstone, através da embaixada de Israel em Genebra, informando a ele e ao conselho que Israel acreditava ser "impossível cooperar com o comitê" nesta investigação.
A autoridade, sob condição de anonimato, disse que uma resolução adotada pelo Conselho de Direitos Humanos no dia 12 de janeiro condenando a ofensiva militar de Israel e pedindo um cessar-fogo não foi apoiada pela maioria dos países democráticos.
O Hamas não demonstrou oposição à investigação de Goldstone, mas ainda não manifestou se irá cooperar ou não. O grupo Human Rights Watch exigiu nesta quarta-feira que os Estados Unidos e a União Europeia pressionem Israel e o Hamas para colaborarem com a investigação.
A equipe de Goldstone, formada por quatro pessoas, deve viajar para a região em algumas semanas e apresentará um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em julho, disse o investigador este mês.
Grupos de direitos humanos criticaram a conduta de Israel durante a ofensiva em Gaza e pedem uma investigação sobre possíveis crimes de guerra.
Além de analisar a conduta de Israel, Goldstone, um juiz sul-africano, disse que sua investigação avaliaria possíveis violações dos direitos humanos cometidas por palestinos. Militantes lançaram centenas de foguetes contra o sul de Israel durante o conflito
(Por Joseph Nasr)
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