O que a mídia gorda não diz sobre Gaza
por Camila Martins, Carolina Rossetti e Luana Schabib
1 – Qualquer oprimido estaria resistindo
O judeu israelense Yuri Haaz, 37 anos, filho de mãe brasileira e pai uruguaio que emigraram para “ajudar a construir a terra dos judeus”, mora desde 1985 no Brasil. Criado na tradição sionista, Yuri diz: “Sem a superação do sionismo, não haverá melhoras no conflito com a Palestina.” Seu depoimento: Meus pais, filhos de sobreviventes do Holocausto, aderiram a um movimento juvenil sionista no Brasil e foram pra lá em 1967, envolvidos pela ideologia, reforçada depois da Guerra dos Seis Dias. Estudei em Israel até a oitava série, e o que eles passam é que a Palestina era uma terra vazia, que os judeus vieram plantar no deserto, secar os pântanos, transformar aquilo em terra fértil.
Quando fiz 14 anos, meus pais resolveram voltar, não queriam que eu prestasse o serviço militar em Israel e estavam começando a se decepcionar
com a violência exercida sobre os palestinos. Fui para Foz do Iguaçu e fiz Letras. Num trabalho acadêmico, mostrei que a violência só é possível se você desumaniza o inimigo.
Entrei em contato com novos historiadores israelenses, os revisionistas. Israel foi fundado por uma decisão totalmente injusta das Nações Unidas, dando uma parcela maior da terra pra uma minoria, os judeus. Tudo sob violência. Desconstruir os mitos foi doloroso, fiquei doente, mas não sou um caso isolado. Hoje você tem jovens que se recusam a entrar no exército em Israel. Outro movimento combate a demolição de casas de palestinos. Israel destrói, esse grupo ajuda a reconstruir.
A mídia nunca vê os ataques de Israel, mas a reação do Hamas, que aparece como um primeiro ataque, justificando a ofensiva desproporcional. E foi o que ocorreu em Gaza. Qualquer outro povo que estivesse oprimido dessa maneira estaria mantendo essa resistência.
2 – Pequena história da Palestina
O nome, tradução latina de Filistéia, foi dado pelo Império Romano à região que hoje engloba Israel, Gaza e Cisjordânia. Era habitada por filisteus, judeus, cananeus. No início da era cristã, os romanos expulsaram judeus e destruíram o templo principal. Com exceção dos judeus, a maioria se converteu ao cristianismo, depois ao islamismo.
Após muitos impérios, em fins do século 19 a região era dominada pelos turcos. Dos 500 mil habitantes, a maioria muçulmanos, 10% eram cristãos e uns 5%, judeus. Os muçulmanos e cristãos eram arabizados. Na Rússia, o governo czarista culpa os judeus por todo mal que o povo sofre: milhares são mortos e os sobreviventes fogem. Um judeu húngaro, Theodor Herzl, publica documento que diz que os judeus devem ter sua própria terra. Depois de estudar lugares como Uganda, Argentina, e Amazônia, os sionistas escolhem a Palestina, a “Terra Prometida” (sionista, de Sion, nome judaico de um monte de Jerusalém). Em 1917, o governo inglês, “dono” da Palestina, arrancada aos turcos na I Guerra Mundial, aprova a criação de um Lar Nacional Judaico naquela terra. O povo árabe se alarma e percebe que, em poucos anos, eles seriam substituídos pelos estrangeiros. Diversos conflitos acontecem.
Para ler estas matérias na íntegra e muitas outras da Revista Caros Amigos procure a edição de fevereiro, já nas bancas ou então assine a versão digital Caros Amigos.
LINK: http://carosamigos.terra.com.br/nova/ed143/gaza.asp
por Camila Martins, Carolina Rossetti e Luana Schabib
1 – Qualquer oprimido estaria resistindo
O judeu israelense Yuri Haaz, 37 anos, filho de mãe brasileira e pai uruguaio que emigraram para “ajudar a construir a terra dos judeus”, mora desde 1985 no Brasil. Criado na tradição sionista, Yuri diz: “Sem a superação do sionismo, não haverá melhoras no conflito com a Palestina.” Seu depoimento: Meus pais, filhos de sobreviventes do Holocausto, aderiram a um movimento juvenil sionista no Brasil e foram pra lá em 1967, envolvidos pela ideologia, reforçada depois da Guerra dos Seis Dias. Estudei em Israel até a oitava série, e o que eles passam é que a Palestina era uma terra vazia, que os judeus vieram plantar no deserto, secar os pântanos, transformar aquilo em terra fértil.
Quando fiz 14 anos, meus pais resolveram voltar, não queriam que eu prestasse o serviço militar em Israel e estavam começando a se decepcionar
com a violência exercida sobre os palestinos. Fui para Foz do Iguaçu e fiz Letras. Num trabalho acadêmico, mostrei que a violência só é possível se você desumaniza o inimigo.
Entrei em contato com novos historiadores israelenses, os revisionistas. Israel foi fundado por uma decisão totalmente injusta das Nações Unidas, dando uma parcela maior da terra pra uma minoria, os judeus. Tudo sob violência. Desconstruir os mitos foi doloroso, fiquei doente, mas não sou um caso isolado. Hoje você tem jovens que se recusam a entrar no exército em Israel. Outro movimento combate a demolição de casas de palestinos. Israel destrói, esse grupo ajuda a reconstruir.
A mídia nunca vê os ataques de Israel, mas a reação do Hamas, que aparece como um primeiro ataque, justificando a ofensiva desproporcional. E foi o que ocorreu em Gaza. Qualquer outro povo que estivesse oprimido dessa maneira estaria mantendo essa resistência.
2 – Pequena história da Palestina
O nome, tradução latina de Filistéia, foi dado pelo Império Romano à região que hoje engloba Israel, Gaza e Cisjordânia. Era habitada por filisteus, judeus, cananeus. No início da era cristã, os romanos expulsaram judeus e destruíram o templo principal. Com exceção dos judeus, a maioria se converteu ao cristianismo, depois ao islamismo.
Após muitos impérios, em fins do século 19 a região era dominada pelos turcos. Dos 500 mil habitantes, a maioria muçulmanos, 10% eram cristãos e uns 5%, judeus. Os muçulmanos e cristãos eram arabizados. Na Rússia, o governo czarista culpa os judeus por todo mal que o povo sofre: milhares são mortos e os sobreviventes fogem. Um judeu húngaro, Theodor Herzl, publica documento que diz que os judeus devem ter sua própria terra. Depois de estudar lugares como Uganda, Argentina, e Amazônia, os sionistas escolhem a Palestina, a “Terra Prometida” (sionista, de Sion, nome judaico de um monte de Jerusalém). Em 1917, o governo inglês, “dono” da Palestina, arrancada aos turcos na I Guerra Mundial, aprova a criação de um Lar Nacional Judaico naquela terra. O povo árabe se alarma e percebe que, em poucos anos, eles seriam substituídos pelos estrangeiros. Diversos conflitos acontecem.
Para ler estas matérias na íntegra e muitas outras da Revista Caros Amigos procure a edição de fevereiro, já nas bancas ou então assine a versão digital Caros Amigos.
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