O genocídio que atinge o povo da Palestina será recordado pelo tempo adiante como uma mancha repugnante na historia da humanidade. Menos transparente é outra realidade. A criação do Estado de Israel, responsável pela tragédia que nos reúne nesta Conferencia, assenta sobre mitos que deturpam a historia.
A acumulação e difusão desses mitos está na origem de situações, actos políticos e crimes que tornaram possível a repetição no inicio do século XXI de uma monstruosidade civilizacional. Apoiado pelos EUA o Estado construído por vitimas do holocausto nazi concebe e executa um moderno holocausto.
Uma pirâmide de falsidades e mentiras sinaliza a estrada do tempo que conduziu a chacinas como as de Sabra, Shatila e Jenin.
Na base delas está o mito básico, o mais trabalhado de todos, aquele que desencadeou o movimento do regresso dos judeus à «Terra Santa dos antepassados».
A esmagadora maioria dos israelenses que vivem no Estado de Israel e se assumem como judeus não descendem do povo que invocam. A saga da diáspora judaica, alavanca das teses de Theodor Herzl que promoveram a «volta à pátria perdida», foi edificada sobre uma inverdade histórica.
Jerusalém era uma cidade pequena quando, por duas vezes, a sua população, maioritariamente de judeus, foi expulsa pelos Romanos. Não eram mais do que alguns milhares os que dela saíram após a revolta esmagada por Tito, no ano 70. Adriano, no século II, arrasou totalmente Jerusalém como castigo de nova insurreição. Os judeus deportados após a mortandade foram também poucos.
Não ha milagres na multiplicação dos seres humanos. Olhamos hoje para os askenazis, vindos da Alemanha, da Polónia, da Europa Ocidental e para os sefarditas, chegados de países muçulmanos, e tudo nos seus traços fisionómicos difere, a denunciar origens étnicas diferentíssimas. Nuns e noutros, a percentagem de sangue judaico, após cruzamentos processados ao longo dos séculos, é mínima. Os primeiros tratam aliás os segundos com sobranceria, considerando-os cidadãos inferiores. E os judeus negros da Etiópia e de outros países africanos?
Leia o texto completo aqui!
A acumulação e difusão desses mitos está na origem de situações, actos políticos e crimes que tornaram possível a repetição no inicio do século XXI de uma monstruosidade civilizacional. Apoiado pelos EUA o Estado construído por vitimas do holocausto nazi concebe e executa um moderno holocausto.
Uma pirâmide de falsidades e mentiras sinaliza a estrada do tempo que conduziu a chacinas como as de Sabra, Shatila e Jenin.
Na base delas está o mito básico, o mais trabalhado de todos, aquele que desencadeou o movimento do regresso dos judeus à «Terra Santa dos antepassados».
A esmagadora maioria dos israelenses que vivem no Estado de Israel e se assumem como judeus não descendem do povo que invocam. A saga da diáspora judaica, alavanca das teses de Theodor Herzl que promoveram a «volta à pátria perdida», foi edificada sobre uma inverdade histórica.
Jerusalém era uma cidade pequena quando, por duas vezes, a sua população, maioritariamente de judeus, foi expulsa pelos Romanos. Não eram mais do que alguns milhares os que dela saíram após a revolta esmagada por Tito, no ano 70. Adriano, no século II, arrasou totalmente Jerusalém como castigo de nova insurreição. Os judeus deportados após a mortandade foram também poucos.
Não ha milagres na multiplicação dos seres humanos. Olhamos hoje para os askenazis, vindos da Alemanha, da Polónia, da Europa Ocidental e para os sefarditas, chegados de países muçulmanos, e tudo nos seus traços fisionómicos difere, a denunciar origens étnicas diferentíssimas. Nuns e noutros, a percentagem de sangue judaico, após cruzamentos processados ao longo dos séculos, é mínima. Os primeiros tratam aliás os segundos com sobranceria, considerando-os cidadãos inferiores. E os judeus negros da Etiópia e de outros países africanos?
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Seg Out 11, 2010 7:18 pm por Alef
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