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    Livro revela que brasileiros vendem rim por US$ 15 mil

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    Livro revela que brasileiros vendem rim por US$ 15 mil Empty Livro revela que brasileiros vendem rim por US$ 15 mil

    Mensagem  PLivre Seg Abr 13, 2009 3:47 pm

    Livro revela que brasileiros vendem rim por US$ 15 mil

    O livro "Rim por Rim - Uma Reportagem Sobre o Tráfico de Órgãos"(Record) desnuda uma macabra rede de comércio ilegal de rins no Brasil. A operação começa em Recife, passa por Durban (África do Sul) e termina em Israel. Pernambucanos vendem o órgão por US$ 15 mil. Os compradores, em geral, são doentes renais israelenses (em Israel, esse tipo de comércio é tolerado) que pagam até US$ 150 mil aos traficantes por um rim. Leia abaixo trecho do livro"Rim por Rim".

    É CRIME, DOUTORA?

    A delegada Beatriz Gibson acabara de resolver um caso que em princípio parecia ser uma história da carochinha - o incrível grupo de extermínio comandado pelo travesti Raissa Abravanel. Com o respaldo de alguns policiais militares, Raissa controlava os melhores pontos de prostituição homossexual do Recife. Expulsava quem não pagasse o pedágio estipulado por ela. Ou, então, matava.

    Apesar da intimidade com casos tidos como inverossímeis, a doutora Beatriz Gibson não viu maldade na pergunta de um casal freqüentador das reuniões do projeto de polícia comunitária, que ajudou a implantar no Ipsep. O Ipsep é um bairro da periferia recifense cuja delegacia ela posteriormente assumiu, acumulando então as duas funções. É um bairro tranqüilo, quando comparado com as estatísticas da violência de Pernambuco. - Vender rim é crime, doutora? - perguntou aquele casal depois de uma das reuniões entre as autoridades responsáveis pelo Núcleo de Segurança Comunitária e os moradores do Ipsep e adjacências.

    Até então, a delegada enquadrava o tráfico de órgãos humanos na categoria de lenda urbana, em uma rubrica semelhante à do Papa Figo, Perna Cabeluda e Mão Branca. Criados pela imaginação popular, esses personagens deixavam apavoradas as crianças de Olinda, onde a delegada foi criada. As mães tiravam partido desse medo para mantê-las sempre ao alcance dos seus olhos. Contavam inúmeras histórias sobre crianças seqüestradas e estripadas. A mãe de Beatriz não fugia à regra.

    - Sim, é crime - disse ela. - Por quê?

    - Por nada - o casal desconversou e saiu de sua sala.

    Se houvesse algum fundamento nesse tipo de crime, a delegada já teria tomado conhecimento de pelo menos um caso desvendado. E até aquela noite de março de 2003 só havia denúncias infundadas, jamais provadas. A doutora Beatriz Gibson esqueceu o assunto até voltar a ser abordada pelo mesmo casal.

    - Vender rim é crime, doutora? - perguntou mais uma vez aquele casal.

    Na primeira vez que fizeram a pergunta, essa advogada formada em 1988 pela Faculdade de Direito do Recife respondeu com um certo enfado. Mas a insistência na abordagem deixou-a intrigada.

    - O que é que vocês sabem sobre tráfico de órgãos? - perguntou.

    Eles fecharam a porta da sala.

    - A gente vai contar um segredo pra senhora - disseram.

    - Mas com uma condição.

    - Que condição?

    - Que a senhora não peça pra gente confirmar essa denúncia em lugar nenhum.

    A relação de confiança entre autoridades e comunidade era um dos principais trunfos do Núcleo de Segurança Comunitária. A delegada não botaria a perder a mais importante conquista daquele projeto.

    - Se a gente souber que a senhora contou essa história a alguém, seja PM, seja polícia civil, a gente vai negar - acrescentaram, reforçando a ameaça.

    Os informantes começaram então um relato inacreditável. Segundo eles, estava se formando uma espécie de corrente do rim em Jardim São Paulo, bairro contíguo ao Ipsep. Os membros dessa corrente só podiam entrar se fossem indicados por pessoas que já tivessem vendido um de seus rins. Quem entrava nessa lista não podia sair. Só saía depois de se submeter a um transplante em Durban ou morto.

    - Vocês têm certeza do que estão me dizendo? - perguntou a delegada, perplexa.

    Beatriz Gibson lembrou do travesti Glacy. Até ser acolhido por ela, Glacy estava sendo alvo de chacota nas delegacias que procurou para denunciar as ameaças feitas por Raíssa Abravanel. Glacy só não morreu porque ela acreditou no seu relato e interveio no dia em que seria morto por Raíssa. A morte de Glacy estava marcada na agenda confiscada na casa de Raíssa.

    - Vocês não conhecem ninguém que já tenha feito essa operação? - a delegada perguntou, já pensando em como obter provas mais consistentes para incriminar a quadrilha.

    Era visível o medo do casal. Mas revelaram o nome de Gerson Luiz Ribeiro de Oliveira, o Telinho, e Marcondes Lacerda de Araújo, o Marconi. Segundo os informantes, eles tinham sido as duas primeiras pessoas das redondezas a viajar para Durban, na África do Sul. Ainda de acordo com o relato do casal, os dois tinham assumido o papel de aliciadores quando voltaram ao Brasil.

    - A senhora pode ir no Barro, na Rua Padre Diogo Rodrigues - disseram os informantes. - Lá a senhora vai encontrar o depósito de bebidas que Marconi comprou com o dinheiro do transplante.

    No sábado seguinte, a delegada pegou o carro e foi ver com os próprios olhos se existia esse tal pobretão que da noite para o dia viajara para o exterior e voltara com dinheiro para abrir seu próprio negócio. Podia não confirmar a origem do dinheiro, mas a cicatriz de uma operação desse porte devia ser inconfundível, imaginou. No tórrido subúrbio recifense, andar sem camisa é um hábito pouco civilizado que sempre a incomodou, mas que naquelas circunstâncias poderia determinar a continuidade ou não das investigações.

    - Eu vi a cicatriz - disse a delegada mais tarde, quando voltou a se encontrar com os informantes. - Começa na última costela do lado esquerdo e vai até o meio das costas. Perguntou então por que estavam fazendo a denúncia naquele momento.

    - Estou com muito medo, doutora - confessou o marido do casal.

    A razão para tanto medo era simples: tentado pelos dólares que estavam mudando a vida de várias pessoas no bairro, ele havia incluído o nome na lista de doadores. Mas com aproximação da viagem começou a temer possíveis represálias aos parentes caso a operação não fosse bem-sucedida. De acordo com o casal, as retaliações estavam se tornando cada vez mais comuns.

    - Eles estão matando, doutora.

    Havia dois tipos de vítimas. Os doadores que desistiam do transplante já na África do Sul e os parentes de doadores que apresentaram problemas pós-operatórios. Esses parentes eram ameaçados quando procuravam os agenciadores, atrás de apoio para cuidar dos casos de hemorragia decorrentes de cirurgias feitas em condições precárias. Os agentes diziam para que se virassem. Se insistissem, levavam bala.

    - Quero desistir - revelou o informante. - Mas estou com medo de morrer porque sei demais sobre o esquema.

    Desde o primeiro momento, a delegada teve consciência de que estava diante de um crime federal. Não poderia investigá-lo, ainda que fosse cometido na jurisdição da sua delegacia. Era impedida de agir por causa das ramificações internacionais da quadrilha. Tudo levava a crer que o crime só era executado em Durban, local da operação.

    Mas aqueles métodos eram típicos de estruturas mafiosas, como aprendera nos manuais da Academia de Polícia Civil que cursara em seguida à obtenção do título de bacharel em Direito. Acreditava ser um dever de cidadã dar prosseguimento às investigações, ainda que informalmente. Um relatório consistente tornaria inevitável a abertura de um inquérito.

    Recorreu então a um outro freqüentador das reuniões do Núcleo de Segurança Comunitária: um policial de suas relações que nos dias de folga fazia segurança no Barro. Nos seus plantões, esse policial, cujo nome a delegada não revelou a nenhuma autoridade federal, tinha feito vários amigos no bairro.

    Um desses amigos era o misto de mecânico e motorista Rubens Farias do Santos Filho, o Rubinho. Ex-cunhado de Telinho, esse moreno baixinho foi a mais importante conquista de toda a investigação. Nem a Polícia Civil nem a Federal chegariam a lugar nenhum sem as informações passadas inicialmente numa mesa de bar e posteriormente corroboradas em diversas situações.

    A intuição da delegada estava certa e alguns dias depois já sabia até o local em que os interessados faziam os exames laboratoriais que, se aprovados, garantiam a entrada no clube: clínica Gilson Cidrim, no Derby. O mesmo policial também conseguira apurar os valores envolvidos naquele açougue internacional: em uma operação comercial que rendia US$ 150 mil aos traficantes, o fornecedor do rim viajava até a África do Sul para se submeter à cirurgia de transplante de rim primariamente destinado a israelenses. Ainda segundo Rubinho, os vendedores recebiam US$ 15 mil pelo órgão.

    A descrição do informante voltou a remeter a delegada à quadrilha comandada pelo travesti Raíssa Abravanel. Além do fato de ambas estarem no campo do improvável, o modus operandidas duas quadrilhas tinha uma série de pontos em comum. A quadrilha que acabara de desbaratar também tinha suas conexões internacionais, aliciando homossexuais para casas de prostituição na Europa. E também funcionava com a proteção do que se convencionou chamar de "banda podre" da polícia.

    - A quadrilha é comandada pela esposa de um tal de capitão Ivan - disse o informante. - Essa mulher é irmã de um delegado federal.

    (...)

    LINK: http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=12&mes=04&ano=2009&idnoticia=74282

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